Não conheci muito do seu trabalho, mas sei que era bom no que fazia. Foi um exemplo de força, qualquer pessoa percebe isso. Pena que este seja um país de memória curta...

Poema de Segunda #1

Havia um menino
que por ser menino
um dia percebeu
que as pessoas tinham
grande beleza e grande brilho
quando punham a sua alma ao léu.

Músicos, bailarinos
pessoas, artistas,
eram tão mais bonitas
se caladas pudessem ser vistas...

O menino desejou
que nunca mais falassemos, e acompanhassemos,
a arte.

Com toda a gente a cantar todos os dias,
não haviam mais pessoas frias.

E o mundo calado,
passava a ser parte de algo iluminado.

Mas como era só um menino
não percebeu
que o mundo estava longe do céu.

As pessoas não só falarão,
como têm predesposição
para o humano, feiarrão.

Pela primeira vez,
o menino pensou em morrer.

A morte seria
para separar a carcaça fria
da alma a arrefecer.

Toda a gente iria então
ver a sua habilidade
e por continuidade,
a beleza em questão.

Mas no céu
toda a gente sabia
que o corpo já não existia
e que toda a gente era igual.

A história acaba aqui
com o menino a chorar
e com questões
que dariam que pensar,
a alguém que estivesse calado
de alma e papo pr'o ar.
Lembrei-me de escrever um e-mail ao meu eu de 2020. Da maneira que o mundo anda depressa, não tarda saberei dar-me respostas às minhas perguntas de hoje. Pelo menos gostava. Se não tiverem mais nada que fazer hoje e se estiverem no vosso momento de estupidez como eu, vão aqui. Obrigada Mónica.




"Jimmy isn`t dead, he is teaching god how to play drums". Desculpa Ozzy, tinha de pôr aqui...

A tia preta

Venho por este meio direccionar-vos para aqui. Já tinha tido conhecimento da tia preta através da televisão, e, agora que voltei a dar de caras com ela neste querido blogue, peço às pessoas que por aqui passam que reparem bem na beleza disto, que sorriam ao pensar no que esta senhora faz, que isso sim é importante. É isto o exemplo. E ajudem. Principalmente ajudem.
Isto dos festivais, e depois acampar, e depois o tempo que não passa... começa a deixar de ser para mim. É tudo muito bonito, o gajo dos Placebo conseguiu balbuciar algumas palavras, os pães com chouriço eram do melhor, vim munida de preservativos (consegui um de banana! Obrigada Ritinha!) , 3 pessoas numa tendinha também me pareceu bem, mas hoje fiz um esforço enorme para me manter acordada e conseguir sair na estação da Régua com medo de ir parar ao Pocinho... e... estou queimada e... cansada... e amanhã estou morta por fazer isto outra vez, não se sabe...

A menina vai!

Não me dês a conhecer as pessoas que admiro

Não me dês a conhecer as pessoas que admiro,
porque as pessoas que admiro, não têm alma,
não vivem, não comem, a não ser na minha cabeça.

Não me dês a conhecer as pessoas que admiro,
não as tires da prateleira que está fora da realidade,
deixa-as serem personagens, bonecos mortos,
que por acaso têm coisas que eu gosto,
e que se evaporam com facilidade,
a menos que não me dês a conhecer as pessoas que admiro.

Não me dês a conhecer as pessoas que admiro,
não me tires o ganha-pão,
podes assassinar tudo o que não seja vida,
mas a minha, por favor, não.