Pronto, é aquela coisa de quando não expressamos, não escrevemos e temos que recorrer a alguém que o faça melhor do que nós. E é exactamente isto, desculpa...
"Sempre ouvi dizer que ia conhecer pessoas, e um dia elas iriam fugir dos meus tempos, das minhas alturas, dos meus sonhos. Hoje encontro-me no fundo, e percorro o mundo á espera de alguém que fique, não fuja. Tenho saudades dos tempos em que a inocência entrasse nas minhas fraquezas e me fizesse feliz durante longos anos. A verdade para que acordei na minha adolescência foi a mais cruel, a mais dura que algum dia podia ter visto. Os meus sorrisos perdem-se sozinhos na escuridão dos meus dias e a minha luta só me deixa mais em baixo. O começo das férias, as alturas de sair, os momentos, as brincadeiras, nunca foram as que eu sonhei, nada é. E eu, sempre mas sempre me senti bem fechada dentro de quatro paredes sozinha, sem ouvir nada nem ninguém que me magoasse só por uma simples frase. Ninguém o vê, ninguém consegue sentir o que eu sou verdadeiramente. Os desabafos que faço para mim, para não chatear ninguém, as lágrimas que guardo no meu interior, a depressão que vivo, e o amor que ainda tenho para dar. Sou nada, sempre me senti como nada. Não consigo caminhar sem sair do fundo que me encontro, porque a luz, essa que dizem que é os braços para nos levantar... parece mais longe que a minha própria vida."
[tirado daqui]