Restos de São Valentim

No início era atiradiço
A pensar que eu alinhava
Perguntou se tinha namorado
E com gostos idênticos pensou que me fisgava

A verdade é que não sei
A conversa pegou
A atracção entrou
E porque não? Alinhei

Afinal era boa pessoa, diferente
Cavaleiro com suiças e um grande escudo
Deslocado desde o princípio
Diferente de tudo

Passamos bons momentos
Fomos até à era medieval e ao Japão
Ouvimos boa música
E perdemo-nos nos jogos de acção

Também nos zangamos
Discutimos até à exaustão
Magoamo-nos um ao outro
Mas acabamos sempre por fortalecer a nossa relação

Isto tudo para dizer
Que há muito trabalho a fazer
Mas que sem o meu pateta
Ia ser bastante difícil viver

O amor é tudo na vida
E eu amo muita gente
É o ponto de partida
Para me tornar diferente

Concluo então que adoro o diferente
E apesar de amar muita gente
Ele que é o difícil, o calado, o jogador
No fim reúne em mim vários tipos de amor

Ai Benedict, Benedict...
Novo curso. Em luta, no fundo...
Dizia o outro que grande parte dos sonhos são "desejos oprimidos", e são. Sonhei com uma boa hora de conversas filosóficas com a minha professora de Inglês. E como eu gostava de as ter tido realmente... ele era Deus, Pessoa e até Ética... já vos falei que ela é-me familiar? E da minha panca com professores?
Anos e acho que só no outro dia é que percebi o porquê de estar contigo. Porque gosto do diferente. É isso.