Tenho dado conta que para sobreviver neste novo mundo preciso de ser uma imbecil. Imbecil e esperta. Ora, imbecil sou, mas não esse tipo de imbecil. E esperteza é coisa que não me assiste. Concluo portanto que não vou durar muito tempo e vou ser comida viva por outros imbecis espertos. Ou isso ou... naaaaa, trinquem à vontade...
Merda para estes condicionalismos da liberdade! Da MINHA liberdade! Mania esta de se meterem na liberdade das pessoas! Com que direito! Durmo muito? Não sou o que querem que seja? Interesso-me por coisas pequenas e mal vistas? Remo contra a maré sem me importar muito com o que os outros pensam? Tenho objetivos incomuns? A liberdade é minha, a consequência é só minha, porra! Não me influenciem! Partilhemos consequências então! Tenho dito.
Eu racionalizo muito. Tanto que já faço de mim uma pequena marionete do meu alter ego (ou ao contrário, ainda/nunca vou saber. Obrigada Ricardo Araújo Pereira.). Quero sentir coisas! Sem descontrair é difícil e só produzo uma quantidade quase ridícula de matéria prima, tenho portanto de a ir buscar a outros lados... toda eu sou falsa. Sou feita de coisas dos outros... sim, somos todos, mas não queria que assim fosse. Da mesma maneira que não me queria censurar.
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