Vinha eu do cafézinho quando me cruzo com duas prostitutas no elevador (sim, eu tenho prostitutas a morar no meu prédio). Educadamente cumprimentam-me e uns segundos depois diz uma para a outra: " o décótji déstji véstjido é escandalôso dji mais, vou comprá um top pára pô por baixo". Acabei de chegar a casa e continuo sem perceber o que ela quis dizer com aquilo... será que ela desconhece que eu sei que é puta? É uma maneira de mentir a ela própria? Não sei, mas que teve piada, teve.

E foi assim...

que assisti ao melhor concerto da minha vida...










Discover James!



Até podia perder aqui meia horita a relatar estes últimos 2 dias... mas não. Foram só meus! Nossos...

É para que não digam que não se aprende nada nos cafés!

4 professores discutiam à bocado numa explanada. Uma, Mãe visivelmente poderosa de carácter (tive quase quase para a felicitar pela garra, se há coisa que gosto de ver é uma Mulher a arrasar um homem!), um Marxista, e outros dois completamente derrotados naquela conversa acesa. Juro que me deu vontade de me juntar a eles (ainda bem que não repararam na minha cara de estúpida), não que dominasse política ou qualquer um daqueles assuntos... mas fiquei ali, a implorar por pessoas assim, a darem-me aulas po ano. Anyway, a noite acabou noutro café, a cantar o belo tema "na minha cama com ela" com os senhores bombeiros, que são uns fofinhos... Conclusão: uma Ministra com as orelhas quentes e uma Carla um pouco mais rica... e isto fez-me lembrar uma pessoa que neste momento deve andar feliz da vida com um xaruto cubano na mão...

Eu gosto de dizer parvoíces!

É bom quando eu digo parvoíces. Sinto-me bem a dizer parvoíces. Porque quando digo parvoíces é sinal que me sinto confortável a dizê-las. Porquê que ninguém me faz dizer parvoíces?

Li hoje...

que algumas palavras nos deixam excitados. Skin deixa-me definitivamente "excitada"...
Afinal consigo ver coisas ainda mais pequenas do que as pequenas coisas. E não é que são muito melhores? Ou eram...

PS.: Eu sei que merecias bem mais que um PS, mas hei-de escrever mais sobre ti minha meio metro de gente...

Skins


O Markl falou e eu fui ver. Bom, é... demasiada realidade pa mim. Ah, e faz-me sentir menos idiota... ou mais, já não sei...
Vinha no comboio com vontade de escrever, completamente noutra dimensão. Cheiinha de vontade de chegar a casa (mais precisamente ao meu quarto) e aproveitar que não está ninguém para estar comigo, nada me vai perturbar o meu equilíbrio hoje. Acontece que acabei de chegar, cheira a àgua oxigenada e as ideias foram-se. Penso demais é o que é. Se não pensasse tanto era capaz de estar bem mais feliz a esta hora...
Pronto, é aquela coisa de quando não expressamos, não escrevemos e temos que recorrer a alguém que o faça melhor do que nós. E é exactamente isto, desculpa...

"Sempre ouvi dizer que ia conhecer pessoas, e um dia elas iriam fugir dos meus tempos, das minhas alturas, dos meus sonhos. Hoje encontro-me no fundo, e percorro o mundo á espera de alguém que fique, não fuja. Tenho saudades dos tempos em que a inocência entrasse nas minhas fraquezas e me fizesse feliz durante longos anos. A verdade para que acordei na minha adolescência foi a mais cruel, a mais dura que algum dia podia ter visto. Os meus sorrisos perdem-se sozinhos na escuridão dos meus dias e a minha luta só me deixa mais em baixo. O começo das férias, as alturas de sair, os momentos, as brincadeiras, nunca foram as que eu sonhei, nada é. E eu, sempre mas sempre me senti bem fechada dentro de quatro paredes sozinha, sem ouvir nada nem ninguém que me magoasse só por uma simples frase. Ninguém o vê, ninguém consegue sentir o que eu sou verdadeiramente. Os desabafos que faço para mim, para não chatear ninguém, as lágrimas que guardo no meu interior, a depressão que vivo, e o amor que ainda tenho para dar. Sou nada, sempre me senti como nada. Não consigo caminhar sem sair do fundo que me encontro, porque a luz, essa que dizem que é os braços para nos levantar... parece mais longe que a minha própria vida."

[tirado daqui]